terça-feira, 20 de julho de 2010

A doçura de Susan

Por Regina Magalhães

Foi em 2004 que Susan Carelli Piedade deixou a cidade onde nasceu - São Bernardo do Campo - para morar em São Sebastião. Seu marido, Evandro, foi encorajado pelo irmão a aproveitar uma oportunidade, como técnico em refrigeração. Na época, o filho - Vinícius - tinha 3 anos e a família topou o desafio da mudança.

Chegando, ela foi trabalhar numa ONG voltada às questões ambientais, até que em abril de 2010 soube que a Solidar precisava de alguém para trabalhar no caixa da Energia. Ela veio, trouxe seu currículo, fez uma entrevista e foi contratada. Apesar de nunca ter trabalhado num posto de gasolina, aprendeu a abastecer, verificar o óleo, calibrar pneus, completar a água do radiador e a servir com amor! Contou com o apoio e a paciência de todos e é grata aos colegas.

Falando em gratidão, ela sempre agradece a Deus pelos caminhos que Ele lhe conduz, sempre com um propósito a ser descoberto:

- Aqui, estou aprendendo uma lição maravilhosa. Estou convivendo com pessoas que não reclamam das limitações físicas. Ao contrário, eles têm muita alegria e dão um grande exemplo! A garra dessas pessoas é incrível. Às vezes enfrentam algum preconceito, mas este lugar dá oportunidade a todos e é muito bom trabalhar com eles.

Nas horas de folga, tem duas paixões: a leitura e a família. Claro que a família ganha:

- Quando não estou no posto a gente aproveita para se curtir. Ou vamos à praia, ou saímos para tomar um sorvetinho, ou ficamos em casa. O importante é estarmos juntos! Mas sempre que posso, tenho um livro por perto. Aliás, estou lendo o Rico de Verdade!

Para Susan o que falta no mundo é Amor ao Próximo e é por isso que ela admira a iniciativa de Marcelo e tem orgulho de falar que trabalha na Solidar.

Orgulho tem a Solidar de ter gente com a visão e a doçura de Susan: é assim que se transforma o mundo em um lugar melhor!

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Gilvanio, alegria que vem de Minas

Por Regina Magalhães

Gilvanio Domingues de Oliveira, o Chiquinho (a razão do apelido é uma outra história...), tem em si o brilho da alegria. Nascido em Pavão, cidadezinha próxima a Teófilo Otoni, veio para São Sebastião em 95 (no século passado!), aos 17 anos.

Quando pergunto a ele, sua opinião sobre a cidade atrair tantos mineiros, ele responde:

- É por conta da União do Litoral. Depois que colocaram esta linha de ônibus, os mineiros se animaram!

Foi com este ânimo que sua mãe – viúva e os quatro filhos chegaram ao litoral, com a cara, a coragem e a esperança de uma vida melhor. Por lá ficaram a avó – que não vê há 13 anos, os tios e primos. A saudade é grande.

- Quando chegamos aqui, nos hospedamos na casa de um amigo, até encontrarmos um lugar para morar – conta Chiquinho.

Deram sorte. Em menos de uma semana já conseguiram uma casinha, no bairro do Travessão. A vida foi se ajeitando. Gilvanio casou, teve dois filhos – Thiago e Thaiane - e depois se separou. Aí, casou de novo, ganhou um enteado – Pedro – e teve mais um filho – Matheus Henrique, hoje com 11 meses.

Gilvanio era um bebê saudável até ser vítima de paralisia infantil no primeiro ano de vida. Sua mãe não se conformou: além dos cuidados médicos com o filho, também teve fé em Nossa Senhora, a quem pedia incessantemente que intercedesse pela cura do menino. Depois de dois anos ele voltou a andar. Como seqüela, entre uma perna e outra ficou a diferença de uns 6 centímetros. Diferença que não o impede de nada, nem de jogar bola! Ele apenas lamenta o preconceito de algumas pessoas.

- Já sofri com preconceito lá fora. Você sabe que tem vaga numa empresa, se candidata, se apresenta e na hora que eles se dão conta da deficiência, na hora H, acabam nos descartando, inventam uma desculpa. Não acreditam no nosso poder de superação, diferente do Marcelo que abraça essa causa.

Ouvindo tantas histórias boas da Solidar, pediu ao amigo e vizinho, que já trabalhava aqui, que entregasse seu currículo no posto. Em abril deste ano, ele tornou-se colaborador da unidade de negócios Energia.

- A equipe é maravilhosa. Aqui eu trabalho me divertindo. Sou muito atentado! – fala o mineiro, todo contente.

Se o dia é de descanso, Gilvanio aproveita para curtir os filhos. Paizão, ele sonha em cada vez mais oferecer à família mais qualidade de vida. Qualidade, porque alegria parece que ele já oferece aos montes!

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Sidney: futuro doutor!

Por Regina Magalhães

Sidney Duque nasceu em São Paulo, onde viveu até o carnaval de 1997. Quando seus pais se aposentaram, decidiram vir morar em São Sebastião, em busca de uma melhor qualidade de vida. Caçula, tem 5 irmãos, uns por parte de pai e outros por parte de mãe:

- Somando tudo dá meia-dúzia! A família é grande!

Sidney nasceu com uma fratura exposta que comprometeu os movimentos de suas pernas. Mas a vida incumbiu-se de mostrar que uma cadeira de rodas não é uma sentença de inatividade: ele está sempre em movimento, em evolução!

Em 2002, aos 18 anos, conheceu Marcelo através de um Frei, amigo que tinham em comum. Quando o convite para trabalhar foi oficializado, Sidney sentiu um frio na barriga. Não só ele, seus pais também hesitaram. Afinal, como portador de necessidades especiais, sempre foi tratado com certo excesso de proteção. O mais longe que ia sozinho era para o colégio. De repente surge a oportunidade de descobrir um mundo novo, entrar em ação...

Felizmente a coragem venceu o medo e Sidney foi dos primeiros cadeirantes - quiçá o primeiro – da equipe Solidar. A alegria genuína do jovem - sua marca registrada - cativou todos que pelo posto passavam. Naquela época, ele era a imagem viva do sonho de Marcelo, como um símbolo da causa.

Em 2005, um cliente o convidou para trabalhar na Polícia Federal. Neste meio tempo, ele já estava em vias de começar a faculdade de Direito. No final de 2009, o contrato com a PF se encerrou e Sidney procurou Marcelo (vale dizer que nunca perderam o contato nesses anos):

- Tenho a maior gratidão por ele. No mesmo dia que o procurei, já ficou tudo acertado. Aliás, toda a “família” Solidar é excepcional. Desde o pessoal do escritório, da pista, da loja, da lavagem... Aqui somos todos unidos, mesmo sendo diferentes nas nossas necessidades e temperamentos.

Recentemente, Sidney passou a cuidar da oferta de aditivos e fala do assunto com propriedade, transmitindo confiança:

- Os aditivos limpam o percurso da gasolina pelo motor. Eles não apenas reduzem o consumo do carro, como melhoram seu desempenho.

Quando não está trabalhando, ele ou está com os amigos da faculdade – às vezes numa baladinha, ou com a família. Estando em casa, procure pelo computador que é certeza encontrá-lo.

E o futuro?

- Assim que eu me formar, pretendo prestar concurso para delegado da PF e talvez atue como advogado. Mas aí, quando vejo o exemplo do Marcos e o tanto que ele cresceu aqui, como pessoa e como líder, o quanto aprendeu e assumiu de responsabilidade, me dá vontade de ficar e crescer junto...

Seja qual caminho Sidney decida percorrer, a gente olha para ele e já sabe que vai dar certo!

sábado, 3 de julho de 2010

Olha o caminhão da Solidar aí, gente!

Por Regina Magalhães

Quinta-feira, sol a pino. Edson e Jhoseph entram na cabine do caminhão comboio e se preparam para atender à embarcação de seu Luiz. Além dos 200 litros de diesel - ou melhor, biodiesel - 20 litros de água mineral e lubrificantes também são parte do pedido.

Embarco na rápida empreitada. O amplo vidro dianteiro somado à altura do veículo dá uma vista privilegiada da natureza ao redor. Mar e montanha. Para quem ainda não está acostumado com a paisagem, é difícil escolher para qual beleza olhar. É tanto azul e tanto verde...

O caminhão pega uma rua de terra, razoavelmente esburacada. Nesta hora, tudo chacoalha, meu estômago revira, mas quem está acostumado tira tudo de letra. Esqueço o enjôo quando, audaciosamente, o caminhão avança até um pedaço da areia da praia, ao lado do rancho dos pescadores.

- Fica tranqüila – dizem eles, sorrindo bonito - É assim mesmo, este trecho é de embarcações, podemos entrar sem problemas. O que não pode é deixar o óleo ou os galões tocarem a água.

Eles chegam, cumprimentam um rapaz que indica onde estão os 4 galões vazios. Enquanto Jhoseph os traz, Edson abre um compartimento e voilá! Surge uma mini bomba de combustível. Concluída a ação, os dois carregam os recipientes para perto de um bote. O rapaz também ajuda.

Uma parte importante da proposta desta equipe é a boa vontade em contribuir e auxiliar o cliente no que for preciso, durante a operação.

É assim que acontece também no abastecimento de canteiros de obra, momento que máquinas, tratores e escavadeiras param para receber o biodiesel. O caminhão é parte da unidade de negócios progressistas Cuidados e Serviços e Jorge, o líder, já prometeu:

- Vamos passar a servir no caminhão o mesmo café gostoso que oferecemos no posto. Aí, esta hora vira um momento bom para uma pausa rápida. Enquanto a gente abastece, nossos clientes tomam um cafezinho... Vai ficar “da hora”!

Assim como o movimento da causa Solidar, o caminhão não pára. Nem os chamados, tamanha a conveniência para os clientes: é barco, é máquina, é caminhão, é frota especial e são pessoas do bem atendendo pessoas de bem.

- Olha o caminhão da Solidar aí, gente!